segunda-feira, 20 de julho de 2009

Olhando para a lua

 Meu filho era pequenininho e brincava no quintal à noite, e a brincadeira consistia em correr da lua. Creio que todos aqui já tiveram, nos dias de vento, aquela sensação de que a lua "anda", quando na verdade o que se desloca são as nuvens. Ele corria de lá para cá e dava gostosas gargalhadas.

Interessante como crianças se divertem com fatos simples, nao é mesmo?

Mas ficou tarde, e eu o chamei para dentro, e ele me disse: - agora eu vou entrar, e a lua vai deixar de existir. E entrou.

E eu continuei no quintal, pensando: - é...a lua só existe porque eu estou olhando para ela...

E por analogia, tudo o mais: os temores...a insegurança...a escassez...as calúnias...a sensação de fragilidade...e vou parar por aqui, porque você também tem a sua lista...

É só você parar de olhar para os seus dragões que eles também param de olhar para você, e olha que eu precisei colocar um filho no mundo para entender essa, você nem vai precisar chegar a tanto.

Então agora eu vou postar e vou dormir. Amanhã, muito antes de eu acordar, e como as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã, eu tenho segurança de que terei um tratamento a dar a cada uma de minhas preocupações.

Então eu vou dormir, e enquanto eu durmo, a noite escura com todas as suas preocupaçoes, deixará de existir. Amanhã, com a Graça de Deus, saberei enfrentá-las.