quinta-feira, 16 de julho de 2009

O meu Eu melhor

 "Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser curado? Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada (pelo anjo); pois enquanto vou, outro desce antes de mim."

"Então, lhe disse Jesus: levanta-te, toma o teu leito e anda." Do Evangelho de S.João

Creio que já andei falando aqui de bolsa organizada versus vida organizada, de fazer no mundo físico o que queremos ver no mundo das idéias, aquilo que alguns chamam de fazer acontecer. Gandhi dizia que devemos ser a mudança que queremos ver no mundo.

Assim na terra como no céu.

Penso que a cura física nada mais é do que se trazer ao mundo palpável o Eu perfeito que se encontra no mundo das idéias, e acho que é por essa linha de pensamento que muitas correntes de pensamento ensinam a pensar positivo. Mentalize você curado, eles dizem. Pena que apenas uma porção infinitésima da sociedade o consegue, uma prova, a meu ver, de que não é tão fácil assim.

Jesus, o médico dos médicos o conseguia com uma facilidade espantosa, com um simples toque de mãos. Ele olhava para um leproso e o via limpo, para um cego e o via enxergando, para um paralítico e o via caminhando. Ele dava ordens e as forças da natureza se acalmavam. Jesus tinha contato constante com o mundo físico e o mundo das idéias, e não só contato, Ele tinha autoridade sobre o invisível. Quando dizia a um inválido levanta-te e anda, sabe-se lá com que forças sinistras, com que pensamentos-forma Ele estava falando. Mas que deveriam tremer, que não esperavam segunda ordem, que xispavam dali. Daí o povo achar que doenças eram demônios.

Há uns dias eu disse aqui que deveria existir um Eu perfeito de Bete em algum lugar, e isso provocou vários tipos de reação dos meus queridos. Houve quem entendesse, quem se emocionasse, quem ficasse com peninha de mim e até quem respondesse com sarcasmo, e todas as respostas foram bem vindas, amo tudo o que vocês me dizem, tenho aquela mania talvez ingênua de achar que tudo vem de Deus.

Mas acredito, sim, no meu Eu perfeito, na minha fôrma original, tanto quanto acredito na sua fôrma original, na fôrma original do país, do rio Amazonas ou da seleção brasileira.

As coisas não deveriam ser como são. Mas sabe-se lá que demônios, devas, djins, gênios do mal, manitós, espíritos, anjos malévolos, sabe-se lá que pensamentos-forma atuam para deixar este mundo tristonho como ele está.

Só Jesus, só Jesus, só Ele tem poderes para dar ordens ao invisível. A todos os exércitos do mal que vivem no mundo invisível, e não se iluda, que são tão reais quanto você e eu. E sabe qual é a única missão deles? Entristecer você. Pela doença, pelo desamor, pela falta de perdão ou tolerância, pela desarmonia no lar ou no emprego, pela falta de dinheiro, de emprego, de soluções, de...de...de...

Entristecendo-se, você se afasta de Deus, das águas curadoras, e assim retro alimenta o círculo do mal.

Jesus está sempre passando pelas margens dessas fontes pretensamente curadoras, onde se ajuntam os desavisados, à espera de anjos que agitem águas de cura, as águas da solução. Elas podem até ter nomes e aparências inocentes, muitas de fato o são: um namoro, uma balada, uma viagem, um diploma, são até necessárias na maioria das vezes. Mas não são soluções para almas feridas. - O que você faz aí? Heim? Não consegue se curar nas águas do pensamento disso ou do pensamento daquilo? Saia daí, vem comigo, levante-se.

Levante e ande.

À medida que Jesus passa pelas vidas, ele vai liberando o Eu perfeito delas, de alguma forma. De alguma forma. Eu creio. E é por crer que continuo seguindo a Jesus, é por crer que caminho com Ele na busca do meu Eu perfeito, que um dia se fundirá ao Dele, como um só. Virão Dele minhas águas restauradoras.