quarta-feira, 22 de julho de 2009

Eis aqui a minha massa

Papai, hoje, é com este restinho de farinha do fundo da lata, e é com esta pequena medida de azeite, que meu filho e eu sairemos para enfrentar o mundo.


Confiamos no Deus da multiplicação, no Juiz das viúvas e dos órfãos.



Eu confio num Senhor que traça caminhos sobre o mar onde caminho não há. Se eu não acreditasse em sua providência, Senhor, eu não teria motivo algum para viver.



É tudo o que tenho e tudo o que entrego: um punhado de farinha e um tanto de azeite. Que minha alma se ria, Senhor, quando nós com essa escassez de víveres viermos a assar dúzias, centenas de pães, tantos a ponto de compartilharmos até com os que se riem de nós.



Mostra, Senhor Deus, que ainda és o mesmo, ria-se por último, Pai. Mostra que o Senhor não mudou, nós é que mudamos, nós que deixamos de confiar em Ti, à vista da primeira dificuldade.



Eis aqui minha massa, Pai. É tudo o que eu sei fazer. Multiplicar, Papai, já é contigo.