quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O aniversário da vovó

Não adianta bater
Eu não deixo você entrar
As Casas Pernambucanas é que vão
Aquecer o meu lar

Vou comprar flanelas
Lãs e cobertores eu vou comprar
Nas Casas Pernambucanas e nem vou sentir
O inverno passar.
assista aqui



Este blogue nunca foi um espaço para discutir variedades e notícias, mas eu simplesmente não posso deixar passar o aniversário das Casas Pernambucanas sem falar que...falar o quê? sei lá, que ela faz parte da minha história. Fique com esta matéria que copiei do Correio Braziliense.
O comando da Arthur Lundgren Tecidos - Casas Pernambucanas SP - é revezado entre Anita Louise Harley e Frederico Axel Lundgren. Anita, presidente da Pernambucanas, é neta de Arthur Herman Lundgren, o fundador da rede. Lundgren criou as lojas em 1908 para dar vazão à produção da CPT (Companhia Paulista de Tecidos), que comprara quatro anos antes, em Paulista (PE).Inovadora em vários aspectos, a rede tinha, na década de 1920, um Manual de Procedimentos, no qual orientava gerentes das lojas a fazer "reclames em circos e cinemas".






Porteiras de fazendas, morros, pedras e lonas de circo transformaram-se, assim, nos primeiros outdoors do país, fixando a imagem da marca na mente da consumidora de tecidos e linhas de cama, mesa e banho.Na década de 1970, um desenho animado da Pernambucanas, que tinha como protagonista o frio anunciando sua chegada, se tornou um clássico. Exibida até hoje como símbolo da criatividade nacional, a frase "Quem bate? É o frio!" tornou-se um dos maiores ícones da propaganda brasileira.Além da comunicação forte, a Casas Pernambucanas usou como estratégia abrir lojas seguindo a rede ferroviária construída na década de 1930, durante a Era do Café.






Uma das primeiras a contratar mulheres como vendedoras, a Pernambucanas também inovou ao tirar os tecidos das prateleiras e colocá-los nas mãos das consumidoras. Esteve entre as primeiras a usar carnês para crediário e cartões de financiamento próprio.Assim, entre as décadas de 1920 e 1970, as empresas da família Lundgren prosperaram e se transformaram no maior complexo têxtil da América do Sul.Segundo especialistas em varejo, trabalhar na Pernambucanas à época tinha o mesmo prestígio de ser funcionário do Banco do Brasil ou dos Correios.






A empresa chegou a ter 800 lojas espalhadas pelo país.O grupo, no entanto, não resistiu à disputa entre os herdeiros nas décadas de 1970 a 1990. Separadas, as operações de Pernambuco e do Ceará desapareceram. Os negócios no Rio foram à falência. Só a Arthur Lundgren Tecidos, de Anita, com operações em São Paulo, prosperou e hoje compete com os grandes concorrentes.





Bacaninha não? Então Feliz Aniversário para as Casas Pernambucanas, cem anos não é coisa pouca.