sexta-feira, 3 de outubro de 2008



Adoro a palavra cachorro, acho gostosa de pronunciar. Gosto de cachorros também, muito.

A palavra música me perturba. Logo me vem à cabeça a imagem de uma mulher idosa, de cabelos brancos, nua em pelo sentada no sofá da sala.

A palavra filigrana eu não faço a mínima idéia o que significa. Mas me sugere docinhos de massa folhada. Aceita umas filigranas? Humm, essas filigranas estão ótimas...

Subterfúgio é uma palavra que me leva a labirintos, aqueles onde a pessoa se perde para sempre, como em Borges: fulano entrou num subterfúgio e nunca mais voltou...

Acho trombone uma palavra ótima, combina perfeitamente com o próprio. É uma palavra barulhenta. Um trombone não podia se chamar, por exemplo, abacate. E falando em abacate, sempre que ouço a palavra imagino o abacate caindo da árvore, produzindo esse som: abacate!

Odeio a palavra pechinchar, como também odeio pechinchar. Se não tiver o dinheiro, eu não compro.

Tinha uma coisa bacana pra falar da palavra mormaço, mas infelizmente Mário Quintana já teve essa idéia antes de mim, e não vou contar não, vá ler suas obras completas, ao invés de estar perdendo seu precioso tempo aqui.