terça-feira, 21 de outubro de 2008

A mão e a luva

 Certa feita (tive um pastor que pregava assim) assisti a um filme com Marcelo Mastroianni, onde o personagem que não lembro o nome surtava por não poder calcular a quantidade de ar que cabia num balão, uma bexiga de borracha. Não lembro o nome do filme, isso foi há muito tempo.

Entendo ele. Minha cabeça também dá voltas em torno de questões sem pé nem cabeça desse tipo.

Já andei por aqui utilizando a quota de paciência que vocês me dispensam com questões de direito esquerdo, espelho do lado de cá e de lá, direito e avesso, bobagens desse tipo. Então para arrematar (espero) essa seqüência doida, vou contar a mais maluca de todas, e lá vai ela:

Se eu puxar uma luva da mão esquerda pelo sentido do avesso, ela se transforma em uma luva para a mão direita. Ou vice versa.

Isso significa que toda eu sou uma fôrma, um molde para o meu próprio avesso?

Isso significa que toda eu tenho em mim mesma o potencial para ser o meu contrário?

Me acompanhe: faz de conta que eu sou uma enorme mão, e todo o espaço físico ao meu redor é a luva. Se esse espaço for puxado de baixo para cima de mim pelo avesso, teremos um vasto mundo do meu contrário de um lado, e eu sozinha do outro como molde?

Isso significa então que eu sou o centro de tudo, e todo o mundo ao meu redor é o meu avesso?

Ai meus sais! Ai meu carbolitium!