Elias passou por aqui novamente. Disse que estava precisando dar uma relaxada.
Ó, ó, ó, ó lá vão vocês de novo! Ô povo malicioso! Eu explico:
Elias em sua ronda pelas casas das viúvas, está sempre aprendendo coisas. Ficou sabendo que muitas delas tomam calmantes.
- Filha, é verdade que vocês se acalmam tomando umas bolinhas brancas de farinha?
- Sim, senhor profeta. Mostrei um vidrinho de remédios para ele. Chamam-se comprimidos. Nós os tomamos para acalmar a mente.
Elias olhava para aquelas pílulas desconfiado. – Antigamente, falou ele, as pessoas faziam orações, recitavam salmos, e confiavam no poder de Deus...
Vi que a explicação seria longa, então mandei que Elias se assentasse.
- Profeta, comecei eu com bastante tato, o senhor se lembra quando foi jurado de morte pela terrível rainha pagã, a Jezabel?
- Sim, como me esquecer, disse ele. Foi o momento mais terrível de minha vida...
- Então, continuei eu, lembra-se de como o senhor se refugiou no deserto, e de tão desesperado e desamparado que se sentia, assentou-se sob uma árvore e pediu a morte aos céus?
Elias concordava com a cabeça.
- Lembra-se que o senhor dormiu um longo sono, e que quando acordou havia um anjo... Elias me interrompeu: - Sim, havia um anjo por ali, e ele tinha me preparado um delicioso pão, e me deu a beber de água fresquíssima, coisa rara num deserto. Eu comi o pão ainda quente, bebi a água, e como estava imensamente esgotado, tornei a deitar. Adormeci outro longo sono, e quando acordei, o anjo tinha preparado novamente um pão e uma jarra de água pura e fresca! Como me esquecer?!...Aquilo me reanimou por quarenta dias!
- Senhor profeta: guardadas as devidas proporções, este comprimido aqui contém um tratamento parecido com o que o senhor recebeu do anjo naquele dia. Ele nos acalma e nos ajuda a adormecer e assim repor as forças. Eu diria que todo aquele tratamento está compactado aqui, por isso mesmo o nome – comprimido. E com isso conseguimos ir tocando a vida, com suas dificuldades e sustos... Claro que não nos descuidamos de nossas orações.
Brave new world! exclamou o profeta. Pelo uso do idioma inglês, desconfiei que ele andou visitando uma certa viúva que compõe hai-kai...
Elias disse que ia pensar no assunto, e que ia fazer um teste. Disse que estava indo para Avaré, e que eu lhe desse uma ou duas, que ele ia testar numa certa viúva de lá.
- Olha, senhor profeta, se a viúva for quem eu estou pensando, o caso dela é diferente. Na verdade, ela está mesmo é precisando ver o seu filhinho plenamente restabelecido, ele já está quase bom. Estenda Sua mão sobre ele, e sobre o seu lar, que tudo por lá se ajeita sem comprimido algum. Não tive coragem de contar para ele que minha amiga também está precisando de um namorado novo...
Então Elias recolheu sua mochila – ele agora usa mochila – e fez menção de partir, não sem antes me tascar outra profecia: - Eis que as bolinhas de farinha-calmantes de sua dispensa não acabararão!
Mas quando ele já chegava perto do portão, virou-se para mim e disse, apontando para o meu peito:
Eis que dentro de você brotará uma fonte de paz interior, como aquela que eu experimentei quando falei com o Pai, na saída da caverna onde me refugiei. Nada substitui a paz autêntica que se experimenta quando se ouve o sussurro suave de Deus.
Profecia de Elias é coisa séria, eu tomo posse.
E você, Lia, trate de ir fazendo seu bolo de cenouras com cobertura de chocolate, ajeitando a casa e arrumando as crianças – Elias está passando por aí. E estas palavras são proféticas, também.
Ó, ó, ó, ó lá vão vocês de novo! Ô povo malicioso! Eu explico:
Elias em sua ronda pelas casas das viúvas, está sempre aprendendo coisas. Ficou sabendo que muitas delas tomam calmantes.
- Filha, é verdade que vocês se acalmam tomando umas bolinhas brancas de farinha?
- Sim, senhor profeta. Mostrei um vidrinho de remédios para ele. Chamam-se comprimidos. Nós os tomamos para acalmar a mente.
Elias olhava para aquelas pílulas desconfiado. – Antigamente, falou ele, as pessoas faziam orações, recitavam salmos, e confiavam no poder de Deus...
Vi que a explicação seria longa, então mandei que Elias se assentasse.
- Profeta, comecei eu com bastante tato, o senhor se lembra quando foi jurado de morte pela terrível rainha pagã, a Jezabel?
- Sim, como me esquecer, disse ele. Foi o momento mais terrível de minha vida...
- Então, continuei eu, lembra-se de como o senhor se refugiou no deserto, e de tão desesperado e desamparado que se sentia, assentou-se sob uma árvore e pediu a morte aos céus?
Elias concordava com a cabeça.
- Lembra-se que o senhor dormiu um longo sono, e que quando acordou havia um anjo... Elias me interrompeu: - Sim, havia um anjo por ali, e ele tinha me preparado um delicioso pão, e me deu a beber de água fresquíssima, coisa rara num deserto. Eu comi o pão ainda quente, bebi a água, e como estava imensamente esgotado, tornei a deitar. Adormeci outro longo sono, e quando acordei, o anjo tinha preparado novamente um pão e uma jarra de água pura e fresca! Como me esquecer?!...Aquilo me reanimou por quarenta dias!
- Senhor profeta: guardadas as devidas proporções, este comprimido aqui contém um tratamento parecido com o que o senhor recebeu do anjo naquele dia. Ele nos acalma e nos ajuda a adormecer e assim repor as forças. Eu diria que todo aquele tratamento está compactado aqui, por isso mesmo o nome – comprimido. E com isso conseguimos ir tocando a vida, com suas dificuldades e sustos... Claro que não nos descuidamos de nossas orações.
Brave new world! exclamou o profeta. Pelo uso do idioma inglês, desconfiei que ele andou visitando uma certa viúva que compõe hai-kai...
Elias disse que ia pensar no assunto, e que ia fazer um teste. Disse que estava indo para Avaré, e que eu lhe desse uma ou duas, que ele ia testar numa certa viúva de lá.
- Olha, senhor profeta, se a viúva for quem eu estou pensando, o caso dela é diferente. Na verdade, ela está mesmo é precisando ver o seu filhinho plenamente restabelecido, ele já está quase bom. Estenda Sua mão sobre ele, e sobre o seu lar, que tudo por lá se ajeita sem comprimido algum. Não tive coragem de contar para ele que minha amiga também está precisando de um namorado novo...
Então Elias recolheu sua mochila – ele agora usa mochila – e fez menção de partir, não sem antes me tascar outra profecia: - Eis que as bolinhas de farinha-calmantes de sua dispensa não acabararão!
Mas quando ele já chegava perto do portão, virou-se para mim e disse, apontando para o meu peito:
Eis que dentro de você brotará uma fonte de paz interior, como aquela que eu experimentei quando falei com o Pai, na saída da caverna onde me refugiei. Nada substitui a paz autêntica que se experimenta quando se ouve o sussurro suave de Deus.
Profecia de Elias é coisa séria, eu tomo posse.
E você, Lia, trate de ir fazendo seu bolo de cenouras com cobertura de chocolate, ajeitando a casa e arrumando as crianças – Elias está passando por aí. E estas palavras são proféticas, também.