quinta-feira, 23 de abril de 2009

O escondidinho

 Precisei de pouco tempo pra entender que não era mais. Foi quando ele falou que o problema não era o escondidinho que demorava pra chegar.

E olhando pro relógio no pulso sem relógio o relógio ficou na pia, lembra, que cê tirou pra fazer a barba? - tem crédito no seu? - cê sabe que não, ja falei. Quando começamos a brigar assim por bobeira é que tamos no limite, devia ter pedido a marguerita, sempre sai na hora, ô mania feminina da conciliação, queria o escondidinho pô.

Acabou, será, o crédito da nossa paciência? a gente tinha combinado de entender qual era o nosso limite, era o momento de dar um tempo pro saco cheio um do outro, deixar pra lá essa coisa de reclamar da demora de um, tipo, escondidinho de carne seca.

Amanhã vou pra São Paulo ele disse olhando de novo o pulso atrasado, tentar de novo o negocio do estúdio ele já tinha falado isso, esqueceu. Começamos a repetir assunto repetido feito filme da tevê.

- Cê se vira como der, tá? Isso mais ou menos significando que ele não fazia a mínima idéia de quando voltaria, se é que voltaria.