terça-feira, 26 de agosto de 2008

Casabranca





Adoro ver certos finais de filme, quando já estão aparecendo os letreiros com os créditos, e um narrador vai contando como cada personagem da história acabou. Sempre há um azarão simpático que se dá bem, ou ele casa com a mais bela da rua, ou ele vai morar num lugar fenomenal, algo assim bem especial. Eu queria ser esse azarão simpático.

Por conta disso sempre quis viver uma cena final de filme, estou cansada do dia-a-dia do meu roteiro, queria um dia de final feliz!

Minha vidinha não podia acabar assim, desse jeito besta...

Então vamos lá. O bom de um blogue é que a gente pode escrever todas essas maluquices, e o que é mais fantástico ainda, é que vocês lêem e dão palpites simpáticos, já falei isso aqui.

Meu filme então acabaria assim:

A Bete? A Bete está morando numa casinha lá na Marambaia, fica na beira da praia, só vendo que beleza. Na entrada dessa casa tem uma trepadeira, que na primavera fica toda florescida de brincos de princesa. Quando chega o verão, a Bete senta na varanda, pega o violão e começa a tocar. E o moreno dela que está sempre bem disposto (essa é melhor parte, o moreno bem disposto) senta ao lado dela e começa a cantar.

Vocês pensam que é só isso? Não, tem mais. Quando chega a tarde, um bando de andorinhas voa em revoada fazendo verão. Ela mora perto da mata e lá na mata um sabiá gorjeia uma linda melodia pra alegrar seu coração. Todo dia, às seis horas, o sino da capela toca as badaladas da Ave Maria. E para completar esse lindo quadro, a lua nasce por detrás da serra, (tem serra!) anunciando que acabou o dia!

E The End, 20th Century Fox, Dolby Digital, Kodak, aquela coisa toda.


Escrita livremente sobre a canção “Marambaia”, de Henricão e Rubem Campos.