sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O pão nosso

 Foi então que um executivo de uma empresa brasileira de presuntos, mortadelas, salames e essas coisas aí, marcou uma audiência com Sua Santidade o Papa.

- Papa, foi logo falando após beijar-lhe o anel, é o seguinte. Eu queria que Sua Santidade falasse, na oração do padre nosso, ao invés de o pão nosso de cada dia nos daí hoje, o peito de peru nosso de cada dia nos daí hoje...

O papa ficou apoplético. Perdeu a respiração, perdeu a fala. Veio o copo com água numa bandeja de prata. Sua santidade ficou tão nervoso que falou misturando latim e alemão:

- Ave chucrutz, ora pro nobis volkswagen, mea culpa oktoberfest!!! E em seguida passou para a boa gíria brasileira:

- Que tém, lôco? Pirrou no batatinha???

O brasileiro, imperturbável:

- Papa, eu pago um milhão de euros...

O papa não quis nem ouvir, e continuou esbravejando na língua de Goethe, ora ponha-se daqui para fora, não me apareça mais aqui!

Mas o sujeito como eu disse era brasileiro, e brasileiro não desiste nunca. Tanto que voltou no dia seguinte, e no outro, e no outro. E a cada vinda, aumentava ainda mais a proposta.

Um dia o brasileiro se encheu:

- Papa, vou fazer minha última oferta e dou vinte e quatro horas para sua decisão: Cinquenta milhões de euros, mais dez por cento de todo o meu faturamento anual, até o final do seu papado. Beijou o anel de Sua Santidade e se foi.

Silêncio total na sala de audiências. Então num suspiro o papa se vira para o cardeal e diz:

- Acho que vamos ter de rescindir nosso contrato com a Pullman...

Huáhuáhuahsussususshuá embora trabalhar cambada de blogueiro desocupado!!!!