segunda-feira, 29 de junho de 2009

O anjo costureiro

 Encontro com meu amigo João na rua, e ele relembra uma situação que vivemos juntos, uma situação hilária do meu passado, e me faz rir, rir, chorar de rir.

Não, não adianta vocês me pedirem para contar, primeiro porque a explicação teria de ser muito extensa, segundo porque vocês com certeza não achariam a mesma graça que eu achei.

Sei que todos sabem do que estou falando. Há anedotas particulares. Só acham graça nela as pessoas envolvidas, até porque envolvem uma série de eventos difíceis de serem explicados.

Se eu me encontrar com meu amigo daqui a dez, vinte, trinta anos, a graça será a mesma, e nós dois iremos chorar de rir, como se o caso estivesse acabando de acontecer.

Eu tenho para mim que algum anjo desocupado anda por aí, com uma enorme agulha de costura invisível, unindo pessoas para todo o sempre pelos laços de situações engraçadas de todo tipo, só pode ser isso.

Ficar ligado para sempre a um amigo por uma lembrança hilária não pode ser coisa terrena, é realmente um assunto celestial. É um daqueles momentos em que somos sem sombra de dúvida tocados pelo Divino, o que é rir gostosamente de uma piada particular senão um estado de Graça?

Valeu João. Valeu meu querido anjo desocupado. Desocupe-se mais com assuntos desse tipo, a gente está mesmo precisando rir.