Você já ouviu falar de lógica e falácia? Calma, calma, não vá embora, não vim aqui para dar nenhuma aula, até porque o tema é extenso e não me sinto preparada para discorrer sobre ele.
Mas eu sugiro a você que tecle no google e leia, é muito interessante, e vai lhe ajudar no dia a dia, nos embates simples, como com o síndico do seu prédio, por exemplo. Ou seu cônjuge e até mesmo seu chefe.
Vou falar apenas de um exemplo, extremamente capcioso, e você já foi vítima dessa falácia em algum momento de sua vida (ou já vitimou alguém). É o argumentum ad hominem, e não se assuste com o latim, é fácil de entender, funciona assim:
Um indivíduo faz um discurso inatacável, um político, por exemplo. Um discurso ótimo. A oposição se reúne para contra atacar, e agora? pensam. O discurso do sujeito foi muito bom, bem amarrado em várias frentes, o que vamos fazer? Difícil de se sair dessa? Não, amiguinhos, simples demais. Se não há como atacar o discurso, ataca-se o autor do discurso. Ataca-se a pessoa.
É assim que muito político ganha eleição.
A massa, e massa infelizmente somos você e eu, esquece um detalhe simples, mas da maior importância: a verdade não carece de bocas verdadeiras. A água molha. O fogo queima. Essas verdades continuam verdades mesmo na boca da pessoa mais mentirosa do planeta.
Mas a massa, amiguinhos, a massa é burra, e não fui eu quem disse isso. A massa, ou os carneiros como dizia Orwell em sua fábula, esquééééééce, ou nem entende esse detalhe tão simples...
Se fulano tem defeitos em sua vida pessoal, (e defeitos quem não os tem?) logo, o seu discurso não é verdadeiro, essa é a falácia. Se não me engano, houve um candidato a eleições para a presidência em um país aí cujo nome não me lembro, que perdeu as eleições assim. Parece que o seu opositor apresentou, um dia antes das eleições, a notícia de que o tal senhor tinha uma filha fora do casamento. E a puritana sociedade daquele país disse: ohhhhhhhhh! E não votou no candidato. Se ele teve uma filha fora do casamento, pensaram todos, não poderá ser um bom presidente...Não é um espanto saber que ainda há pessoas que pensam assim?
Não, calma, calma, não estou defendendo nenhum político, só usei o exemplo para dizer que uma pessoa, mesmo aparentemente errada, pode dizer e até fazer coisas certas, ouçamos, portanto o que ela tem a dizer. E se não concordarmos, ataquemos suas idéias, não o autor das mesmas. Simples assim. Mas ninguém o faz, até porque é mais fácil acusar pessoas do que debater idéias. Se for conhecido algum ponto fraco do opositor, é mais fácil ainda, cala-se a boca dele rapidinho com algum ataque pessoal, ofensa ou difamação.
E essas pessoas ainda saem da discussão se achando o máximo...
E o povo aplaude...
Achou interessante? Pesquise mais. Tem muita gente levando vantagem sobre você nas discussões não porque sabe mais, mas porque conhece mesmo que inconscientemente regrinhas desse tipo aí.
Mas eu sugiro a você que tecle no google e leia, é muito interessante, e vai lhe ajudar no dia a dia, nos embates simples, como com o síndico do seu prédio, por exemplo. Ou seu cônjuge e até mesmo seu chefe.
Vou falar apenas de um exemplo, extremamente capcioso, e você já foi vítima dessa falácia em algum momento de sua vida (ou já vitimou alguém). É o argumentum ad hominem, e não se assuste com o latim, é fácil de entender, funciona assim:
Um indivíduo faz um discurso inatacável, um político, por exemplo. Um discurso ótimo. A oposição se reúne para contra atacar, e agora? pensam. O discurso do sujeito foi muito bom, bem amarrado em várias frentes, o que vamos fazer? Difícil de se sair dessa? Não, amiguinhos, simples demais. Se não há como atacar o discurso, ataca-se o autor do discurso. Ataca-se a pessoa.
É assim que muito político ganha eleição.
A massa, e massa infelizmente somos você e eu, esquece um detalhe simples, mas da maior importância: a verdade não carece de bocas verdadeiras. A água molha. O fogo queima. Essas verdades continuam verdades mesmo na boca da pessoa mais mentirosa do planeta.
Mas a massa, amiguinhos, a massa é burra, e não fui eu quem disse isso. A massa, ou os carneiros como dizia Orwell em sua fábula, esquééééééce, ou nem entende esse detalhe tão simples...
Se fulano tem defeitos em sua vida pessoal, (e defeitos quem não os tem?) logo, o seu discurso não é verdadeiro, essa é a falácia. Se não me engano, houve um candidato a eleições para a presidência em um país aí cujo nome não me lembro, que perdeu as eleições assim. Parece que o seu opositor apresentou, um dia antes das eleições, a notícia de que o tal senhor tinha uma filha fora do casamento. E a puritana sociedade daquele país disse: ohhhhhhhhh! E não votou no candidato. Se ele teve uma filha fora do casamento, pensaram todos, não poderá ser um bom presidente...Não é um espanto saber que ainda há pessoas que pensam assim?
Não, calma, calma, não estou defendendo nenhum político, só usei o exemplo para dizer que uma pessoa, mesmo aparentemente errada, pode dizer e até fazer coisas certas, ouçamos, portanto o que ela tem a dizer. E se não concordarmos, ataquemos suas idéias, não o autor das mesmas. Simples assim. Mas ninguém o faz, até porque é mais fácil acusar pessoas do que debater idéias. Se for conhecido algum ponto fraco do opositor, é mais fácil ainda, cala-se a boca dele rapidinho com algum ataque pessoal, ofensa ou difamação.
E essas pessoas ainda saem da discussão se achando o máximo...
E o povo aplaude...
Achou interessante? Pesquise mais. Tem muita gente levando vantagem sobre você nas discussões não porque sabe mais, mas porque conhece mesmo que inconscientemente regrinhas desse tipo aí.