Sou livre para tomar um porre daqueles que fazem a gente esquecer nome, sobrenome, endereço e número de documentos. Mas não o faço, porque meu fígado, pobrezinho, não merece essa agressão.
Sou livre para viver uma vida totalmente desregrada, flanando pela noite de bar em bar, chegando em casa para dormir na hora em que todos estão saindo para trabalhar e só não o faço porque...bem...não sei porque não o faço.
Sou livre também para ir para a cama com quantos homens eu quiser, e convite até que tenho, pelo menos é o que noto nos olhares insinuosos de alguns. Mas não o faço há vinte e um anos, dez meses e dezoito dias, simplesmente porque não quero.
Sou livre para mandar os meus poucos amigos irem plantar batatas, principalmente quando algum deles vem falar groselhas no meu ouvido, mas não o faço porque não tenho tempo nem paciência para arrumar outros. E ninguém é perfeito.
Sou livre para falar quantos palavrões eu quiser, mas não o faço porque não combinariam com meu jeito delicado. Sou uma fina dama.
Sou livre também para fugir de casa, mas convenhamos, é um pouco tarde, e já não teria mais nenhuma graça.
Sou livre enfim para fazer uma pancada de coisas, mas paro por aqui porque a internet é pública, vai que entra aqui uma criança ou adolescente de cabeça ainda não formada, e que faça essas tais coisas sentindo-se autorizado pelas minhas falas. Sou livre para ser irresponsável comigo, mas não com os outros...portanto, crianças, não tentem fazer nada disso em casa.
E finalmente sou livre para xingar Deus de sonoros palavrões, e confesso que já o fiz. Hoje não faço mais, porque estou totalmente apaziguada com Ele, a quem chamo de Pai, Papai, Papaizinho, a quem eu amo e adoro muito muito muito. Saber-me amada por Ele é minha razão de existir.
Então perdoa, Papai, as muitas mancadas que já dei, e que só o Senhor sabe. Sabe aquelas? que nem para o Senhor eu confesso, mas que o Papai sabe? Dou risada quando me apontam defeitos, aqueles defeitos bobinhos, que eu mostro para os outros, os defeitos de plantão. Dá vontade dizer: você quer me criticar? quer apontar minhas falhas? Então senta aí que eu vou lhe contar os meus verdadeiros defeitos, aqueles de arrepiar cabelo de relógio, não essas bobagenzinhas aí de que você está me acusando...
Perdoa, Paizinho, as bobagens que estou fazendo no tempo presente, e o Senhor sabe muito bem do que estou falando...
Perdoa Papaizinho, as bobagens que ainda irei cometer, e não daqui a três anos. Minutos mesmo.
Mas perdoa principalmente Papai, as bobagens que não faço, porque não tenho coragem.
Nada me afasta do amor que tenho pelo Papai. Nada. E tenho certeza total de que se existir a tal da vida eterna, ou ressurreição, ou paraíso aqui ou algures, eu “tô dentro”. Porque apesar de minhas incontáveis mancadas, o Papai não daria essa mancada comigo, jamais, apesar da fala contrária de todos aqueles que me apontam os dedos.
E já que estamos falando neles, perdoa também Papai, os tais dos apontadores de dedos, que sei que o Senhor ama igualzinho a mim.
E amém.
Sou livre para viver uma vida totalmente desregrada, flanando pela noite de bar em bar, chegando em casa para dormir na hora em que todos estão saindo para trabalhar e só não o faço porque...bem...não sei porque não o faço.
Sou livre também para ir para a cama com quantos homens eu quiser, e convite até que tenho, pelo menos é o que noto nos olhares insinuosos de alguns. Mas não o faço há vinte e um anos, dez meses e dezoito dias, simplesmente porque não quero.
Sou livre para mandar os meus poucos amigos irem plantar batatas, principalmente quando algum deles vem falar groselhas no meu ouvido, mas não o faço porque não tenho tempo nem paciência para arrumar outros. E ninguém é perfeito.
Sou livre para falar quantos palavrões eu quiser, mas não o faço porque não combinariam com meu jeito delicado. Sou uma fina dama.
Sou livre também para fugir de casa, mas convenhamos, é um pouco tarde, e já não teria mais nenhuma graça.
Sou livre enfim para fazer uma pancada de coisas, mas paro por aqui porque a internet é pública, vai que entra aqui uma criança ou adolescente de cabeça ainda não formada, e que faça essas tais coisas sentindo-se autorizado pelas minhas falas. Sou livre para ser irresponsável comigo, mas não com os outros...portanto, crianças, não tentem fazer nada disso em casa.
E finalmente sou livre para xingar Deus de sonoros palavrões, e confesso que já o fiz. Hoje não faço mais, porque estou totalmente apaziguada com Ele, a quem chamo de Pai, Papai, Papaizinho, a quem eu amo e adoro muito muito muito. Saber-me amada por Ele é minha razão de existir.
Então perdoa, Papai, as muitas mancadas que já dei, e que só o Senhor sabe. Sabe aquelas? que nem para o Senhor eu confesso, mas que o Papai sabe? Dou risada quando me apontam defeitos, aqueles defeitos bobinhos, que eu mostro para os outros, os defeitos de plantão. Dá vontade dizer: você quer me criticar? quer apontar minhas falhas? Então senta aí que eu vou lhe contar os meus verdadeiros defeitos, aqueles de arrepiar cabelo de relógio, não essas bobagenzinhas aí de que você está me acusando...
Perdoa, Paizinho, as bobagens que estou fazendo no tempo presente, e o Senhor sabe muito bem do que estou falando...
Perdoa Papaizinho, as bobagens que ainda irei cometer, e não daqui a três anos. Minutos mesmo.
Mas perdoa principalmente Papai, as bobagens que não faço, porque não tenho coragem.
Nada me afasta do amor que tenho pelo Papai. Nada. E tenho certeza total de que se existir a tal da vida eterna, ou ressurreição, ou paraíso aqui ou algures, eu “tô dentro”. Porque apesar de minhas incontáveis mancadas, o Papai não daria essa mancada comigo, jamais, apesar da fala contrária de todos aqueles que me apontam os dedos.
E já que estamos falando neles, perdoa também Papai, os tais dos apontadores de dedos, que sei que o Senhor ama igualzinho a mim.
E amém.