Com a entrada da banda larga em minha vida, entrou também uma enxurrada de informação, e eu passei um bom tempo lendo tudo e filtrando o que me interessava. Sempre me interessei mais por assuntos ligados à fé cristã.
Com isso conheci muita gente boa, vocês certamente, e com vocês, muita informação interessante. Pela graça de Deus, conheci alguns abençoados que me ensinaram um novo jeito de ver as coisas, uma nova pegada. Sou feliz por ter conhecido pessoas, dentro e fora da net, que me ensinaram que há vários enquadramentos para a verdade, e com isso fui ampliando minha percepção.
Com isso também, certos conceitos cristalizados em mim começaram a se partir, e se de um lado era bom, por outro me assustava. Assustada eu me dei conta de que estivera plantada num enorme iceberg, que dia após dia ia perdendo uma beirada. Chegou o momento em que eu vislumbrava apenas um pequeno espaço para os pés, e o resto era mar.
Mas chegou o grande dia, algum de vocês me apresentou uma instigante leitura da verdade, e com ela eu senti que não havia mais nenhum apoio, que eu estava solta no mar da fé.
A princípio, senti vontade de sair compartilhando essa experiência com as pessoas, cheguei mesmo a fazê-lo:
- Abandone essa fé utilitária, eu dizia. Essa crença amuleto. Esse deus com d minúsculo que você vive tentando agradar, por medo. O mar da fé pode parecer assustador, mas liberta. Claro, ninguém me ouviu.
Quem ouviu fui eu mesma: - Elizabeth, o que você pretende com isso? Já lhes contei que Jesus me chama de Elizabeth, à inglesa, com acento no i?
- Pretendo que as pessoas abandonem sua zona de conforto espiritual, que elas partam em busca de uma vivência madura de fé...
- E?...
- Como "e"? é isso.
- Você quer quebrar o iceberg das pessoas, assim como foi quebrado o seu?
- Sim.
- E se elas não souberem nadar...? boiar? você faz o quê?
Entendi que seria assumir uma enorme responsabilidade. A experiência da noite escura da alma não pode ser ensinada, apenas vivida, e nem Deus comparece para ajudar. Uma vez imersa no mar da fé, a pessoa está sozinha. Líderes religiosos não pregam sobre a noite escura. Não existem sete semanas de oração para a noite escura. Não existem cultos ou reuniões especiais para a noite escura. Não existe literatura para a noite escura, desconheço outra além do "Noite Escura" de São João da Cruz, que quase ninguém se interessa por ler, justamente por não ensinar facilidades.
- Depois de quebrar o iceberg das pessoas, você fará o que com elas?
- Mas elas continuarão com essa fé infantil e...?
- Mas eu gosto de crianças.
- Mas...mas...e?
- Elízabeth! Cuide de você. Salve-se. Deixe o resto comigo.
Então cá estou eu, salvando a mim mesma. Ou pelo menos tentando.
Com isso conheci muita gente boa, vocês certamente, e com vocês, muita informação interessante. Pela graça de Deus, conheci alguns abençoados que me ensinaram um novo jeito de ver as coisas, uma nova pegada. Sou feliz por ter conhecido pessoas, dentro e fora da net, que me ensinaram que há vários enquadramentos para a verdade, e com isso fui ampliando minha percepção.
Com isso também, certos conceitos cristalizados em mim começaram a se partir, e se de um lado era bom, por outro me assustava. Assustada eu me dei conta de que estivera plantada num enorme iceberg, que dia após dia ia perdendo uma beirada. Chegou o momento em que eu vislumbrava apenas um pequeno espaço para os pés, e o resto era mar.
Mas chegou o grande dia, algum de vocês me apresentou uma instigante leitura da verdade, e com ela eu senti que não havia mais nenhum apoio, que eu estava solta no mar da fé.
A princípio, senti vontade de sair compartilhando essa experiência com as pessoas, cheguei mesmo a fazê-lo:
- Abandone essa fé utilitária, eu dizia. Essa crença amuleto. Esse deus com d minúsculo que você vive tentando agradar, por medo. O mar da fé pode parecer assustador, mas liberta. Claro, ninguém me ouviu.
Quem ouviu fui eu mesma: - Elizabeth, o que você pretende com isso? Já lhes contei que Jesus me chama de Elizabeth, à inglesa, com acento no i?
- Pretendo que as pessoas abandonem sua zona de conforto espiritual, que elas partam em busca de uma vivência madura de fé...
- E?...
- Como "e"? é isso.
- Você quer quebrar o iceberg das pessoas, assim como foi quebrado o seu?
- Sim.
- E se elas não souberem nadar...? boiar? você faz o quê?
Entendi que seria assumir uma enorme responsabilidade. A experiência da noite escura da alma não pode ser ensinada, apenas vivida, e nem Deus comparece para ajudar. Uma vez imersa no mar da fé, a pessoa está sozinha. Líderes religiosos não pregam sobre a noite escura. Não existem sete semanas de oração para a noite escura. Não existem cultos ou reuniões especiais para a noite escura. Não existe literatura para a noite escura, desconheço outra além do "Noite Escura" de São João da Cruz, que quase ninguém se interessa por ler, justamente por não ensinar facilidades.
- Depois de quebrar o iceberg das pessoas, você fará o que com elas?
- Mas elas continuarão com essa fé infantil e...?
- Mas eu gosto de crianças.
- Mas...mas...e?
- Elízabeth! Cuide de você. Salve-se. Deixe o resto comigo.
Então cá estou eu, salvando a mim mesma. Ou pelo menos tentando.