Você se lembra da VASP? Aos portugueses explico: uma extinta companhia aérea.
Naquele tempo, uma agência de publicidade encarregada de sua campanha, fez um anúncio com cenas reais, obtidas em aeroportos. Gente se abraçando. Gente chegando, gente se despedindo. Várias cenas assim.
No fundo, a inconfundível música da campanha:
“A Vasp abre suas asas, sua ternura, pra você ganhar altura. Viajar. Voar.”
E uma voz em off finalizando:
“Como é bonito ver gente se comportando como gente”.
Recentemente este blogue viveu um momento especial, que muito me emocionou.
Uma pessoa, num curto depoimento de três parágrafos, sentiu-se tão à vontade em minha casa a ponto de fazer um pungente relato, íntimo, inquietante, pessoal demais.
Só não o trago aqui para a frente porque não me sinto autorizada a tal.
Momentos como esse me arrebatam, me dão vontade de beijar a tela do computador (na verdade beijei). A fragilidade humana me emociona, me sensibiliza, me anima a continuar a escrever.
Como é bom constatarmos que não somos heróis. Que temos, sim, pontos fracos. Mas principalmente como é bom vermos pessoas assumindo seus pontos fracos.
Como é bonito ver gente se comportando como gente...
Uma certa blogueira que por aí há, uma de nome bem pequenininho, também já me fez chorar. Ela começou timidamente, recortando e colando algumas matérias, se aventurando por algumas poesias, quando de repente, num belo post ela nos revelou toda sua linda vida. E desse dia em diante aquele blogue floresceu, em delicada beleza. Ela libertou sua história, como isso é belo meu Deus.
E o que dizer das mulheres poetisas? Entre poesias delicadas, outras bem humoradas, algumas com rima outras mais soltas, de repente uma delas solta um inacreditável lamento, daqueles de doer?
Apesar de perder a paciência com as mesmices muitas vezes (principalmente – e muito – comigo mesma), eu ainda continuo percorrendo a blogosfera, e a escrever nela, porque sou uma colecionadora desses momentos, eles infelizmente são poucos, e falo também por mim. Há super heróis demais para o meu gosto.
Mas eles acontecem, ah sim, acontecem. Eu já ri e chorei ao ver até blogueiro famoso caindo da pose, caindo de boca no chão, revelando talvez sem querer uma dor que lhe ia no fundo da alma, e me emocionando constatava: ah, então esse aí também é gente?...
Cultuamos o engano de achar que devemos oferecer apenas nosso melhor ângulo para a foto. No entanto são essas falas, escorregadas de tapete na opinião dos perfeccionistas, que nivelam as dores da nossa existência. É no compartilhar de nossos desvios que iremos nos reconhecer como iguais. Deixando cair as rebuscadas máscaras iremos nos surpreender com nossos rostos incrivelmente parecidos, meu Deus, como éramos tão parecidos e não sabíamos?!
Ah, blogueiro, abre suas asas, sua ternura, pra você ganhar altura, viajar. Voar.
Naquele tempo, uma agência de publicidade encarregada de sua campanha, fez um anúncio com cenas reais, obtidas em aeroportos. Gente se abraçando. Gente chegando, gente se despedindo. Várias cenas assim.
No fundo, a inconfundível música da campanha:
“A Vasp abre suas asas, sua ternura, pra você ganhar altura. Viajar. Voar.”
E uma voz em off finalizando:
“Como é bonito ver gente se comportando como gente”.
Recentemente este blogue viveu um momento especial, que muito me emocionou.
Uma pessoa, num curto depoimento de três parágrafos, sentiu-se tão à vontade em minha casa a ponto de fazer um pungente relato, íntimo, inquietante, pessoal demais.
Só não o trago aqui para a frente porque não me sinto autorizada a tal.
Momentos como esse me arrebatam, me dão vontade de beijar a tela do computador (na verdade beijei). A fragilidade humana me emociona, me sensibiliza, me anima a continuar a escrever.
Como é bom constatarmos que não somos heróis. Que temos, sim, pontos fracos. Mas principalmente como é bom vermos pessoas assumindo seus pontos fracos.
Como é bonito ver gente se comportando como gente...
Uma certa blogueira que por aí há, uma de nome bem pequenininho, também já me fez chorar. Ela começou timidamente, recortando e colando algumas matérias, se aventurando por algumas poesias, quando de repente, num belo post ela nos revelou toda sua linda vida. E desse dia em diante aquele blogue floresceu, em delicada beleza. Ela libertou sua história, como isso é belo meu Deus.
E o que dizer das mulheres poetisas? Entre poesias delicadas, outras bem humoradas, algumas com rima outras mais soltas, de repente uma delas solta um inacreditável lamento, daqueles de doer?
Apesar de perder a paciência com as mesmices muitas vezes (principalmente – e muito – comigo mesma), eu ainda continuo percorrendo a blogosfera, e a escrever nela, porque sou uma colecionadora desses momentos, eles infelizmente são poucos, e falo também por mim. Há super heróis demais para o meu gosto.
Mas eles acontecem, ah sim, acontecem. Eu já ri e chorei ao ver até blogueiro famoso caindo da pose, caindo de boca no chão, revelando talvez sem querer uma dor que lhe ia no fundo da alma, e me emocionando constatava: ah, então esse aí também é gente?...
Cultuamos o engano de achar que devemos oferecer apenas nosso melhor ângulo para a foto. No entanto são essas falas, escorregadas de tapete na opinião dos perfeccionistas, que nivelam as dores da nossa existência. É no compartilhar de nossos desvios que iremos nos reconhecer como iguais. Deixando cair as rebuscadas máscaras iremos nos surpreender com nossos rostos incrivelmente parecidos, meu Deus, como éramos tão parecidos e não sabíamos?!
Ah, blogueiro, abre suas asas, sua ternura, pra você ganhar altura, viajar. Voar.