Entrei numa maternidade pela primeira e única vez numa fria manhã de domingo, decidida a sair de lá com meu filho nos braços. Sabia que estava na minha hora e sabia que era um homem, embora não estivesse sentindo dor nenhuma e não tivesse pesquisado o sexo dele, respectivamente.
Minha médica e amiga de infância Ivete Daniel nem discutiu, já estou indo pra lá, Betinha. Ela me conhecia muito bem.
- É...está na hora sim, vamos nessa!
Sentindo um mínimo de desconforto e dor enquanto aguardava, fiquei à vontade para me interessar por outras mães, e ajudá-las, pois optei em ter o meu bebê numa maternidade pública, e as enfermeiras não dispensam ajuda.
Descobri que todas sem exceção chamavam por Nossa Senhora Aparecida para socorrê-las em suas dores.
Fico com pena das evangélicas, chamar por Maria nessa hora soa tão...autêntico. Ninguém mais, ninguém menos que a mãe do próprio Cristo para ajudar nesse momento, isso é forte demais.
Maria soube o que era sofrer. Ficar aos pés de uma cruz vendo o seu filho ali encravado, desfigurado, morrendo aos poucos, é coisa para mulher valente.
A iconografia cristã que nos remete àquelas cruzes altas, recortadas contra o horizonte não me convencem, seria difícil fincá-las, creio que elas eram erguidas pouca coisa acima da estatura humana, então imagino que Maria ficou a poucos centímetros de seu filho em suplícios.
Se hoje sofremos com os probleminhas de nossos filhos trapalhões, imaginem Maria contemplando a morte cruel de um filho inocente, que era assim um...um Jesus.
Cadê os homens amigos dele naquele momento, heim? Deveriam estar vomitando longe dali, isso para não falarmos outra coisa.
Maria, a senhora foi mais macho que muito homem.
Por isso, Santa Maria, eu que transgredi sem culpa uma Lei divina na hora do parto, pois que não senti nenhuma dor, (era só o que me faltava) mas que a sinto de outras formas, com minhas preocupações, te digo: Ave! Agraciada.
Rogai por mim agora. E na hora da minha morte também, quando a minha hora novamente chegar, porque morrer não deixa de ser um parto, só que ao contrário.
Minha médica e amiga de infância Ivete Daniel nem discutiu, já estou indo pra lá, Betinha. Ela me conhecia muito bem.
- É...está na hora sim, vamos nessa!
Sentindo um mínimo de desconforto e dor enquanto aguardava, fiquei à vontade para me interessar por outras mães, e ajudá-las, pois optei em ter o meu bebê numa maternidade pública, e as enfermeiras não dispensam ajuda.
Descobri que todas sem exceção chamavam por Nossa Senhora Aparecida para socorrê-las em suas dores.
Fico com pena das evangélicas, chamar por Maria nessa hora soa tão...autêntico. Ninguém mais, ninguém menos que a mãe do próprio Cristo para ajudar nesse momento, isso é forte demais.
Maria soube o que era sofrer. Ficar aos pés de uma cruz vendo o seu filho ali encravado, desfigurado, morrendo aos poucos, é coisa para mulher valente.
A iconografia cristã que nos remete àquelas cruzes altas, recortadas contra o horizonte não me convencem, seria difícil fincá-las, creio que elas eram erguidas pouca coisa acima da estatura humana, então imagino que Maria ficou a poucos centímetros de seu filho em suplícios.
Se hoje sofremos com os probleminhas de nossos filhos trapalhões, imaginem Maria contemplando a morte cruel de um filho inocente, que era assim um...um Jesus.
Cadê os homens amigos dele naquele momento, heim? Deveriam estar vomitando longe dali, isso para não falarmos outra coisa.
Maria, a senhora foi mais macho que muito homem.
Por isso, Santa Maria, eu que transgredi sem culpa uma Lei divina na hora do parto, pois que não senti nenhuma dor, (era só o que me faltava) mas que a sinto de outras formas, com minhas preocupações, te digo: Ave! Agraciada.
Rogai por mim agora. E na hora da minha morte também, quando a minha hora novamente chegar, porque morrer não deixa de ser um parto, só que ao contrário.